Sidónio Pais e a República Nova

A 27 de dezembro de 1917, o governo de Sidónio Pais, apelidado de República Nova, desencadeia uma série de alterações legislativas.

O Ministério da Justiça é dotado de uma nova orgânica em 1918, mas esta reestruturação pouco trouxe de novo. O Ministério mantem a sua estrutura praticamente inalterada, salvo a reposição da Repartição Central (Secretaria-Geral) como unidade orgânica independente, depois de se constatarem os inconvenientes da sua dispersão por outras repartições, em resultado das medidas de austeridade empreendidas no contexto da Primeira Guerra Mundial. O Conselho Superior Judiciário, criado pela reforma de 1901, para apoiar o Ministro na administração da justiça, extinto em 1914, é novamente recriado como Conselho Consultivo.

As novidades começam a ocorrer quando, neste ano de 1918, na dependência do Ministério, é criado o Arquivo de Identificação, que vem substituir o Arquivo Central de Identificação e Estatística Criminal. Seis meses depois, a 19 de março de 1919, é criado o Bilhete de Identidade, obrigatório para todas as pessoas nomeadas para algum cargo público civil em Lisboa.

Cerimónia de proclamação de Sidónio Pais como Presidente da República.<br />

Cerimónia de proclamação de Sidónio Pais como Presidente da República. Da varanda dos Paços de Concelho de Lisboa, o novo Chefe do Estado faz continência às tropas em parada, 10 de maio de 1918. Joshua Benoliel – Arquivo Municipal de Lisboa

1913/01/29 - Criação do Bilhete de Identidade

Regime antiparlamentarista, introduzido por Sidónio Pais em Portugal, durante a primeira República, em 1917-1918. 

Numa fase de profunda instabilidade política e crise generalizada, o Sidonismo aparece como uma solução para os problemas, uma possibilidade de progresso num projeto que reúne no seu discurso, autoritário e corporativo, os vários setores da sociedade. O Sidonismo termina com o assassinato de Sidónio Pais, em Lisboa, a 14 de dezembro de 1918.

SIDONISMO

Regime antiparlamentarista introduzido por Sidónio Pais em Portugal, durante a primeira República, em 1917-1918. Numa fase de profunda instabilidade política e crise generalizada, o Sidonismo aparece como uma solução para os problemas, uma possibilidade de progresso num projeto que reúne no seu discurso, autoritário e corporativo, os vários setores da sociedade. O Sidonismo termina com o assassinato de Sidónio Pais, em Lisboa, a 14 de dezembro de 1918.

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